Ib Araripe Soares
Bastante legítimas as reivindicações das ruas, quando manifestadas de forma pacífica e com respeito, pedindo melhoria dos serviços públicos, mobilidade urbana, fora a corrupção, e outras. Porém, a bandeira da educação é inigualável, essencial, dado ao seu caráter estruturante e transformador. Falamos da educação integral, não, contudo, no sentido restrito apenas de período integral oferecida às crianças. Trata-se da educação holística, compreendendo, além do lastro da cultura, sobretudo as bases fundamentais da ética, da moral e da espiritualidade. Formando-se, além de profissionais, pessoas humanizadas. De modo a transformar cada cidadão, pela ótica do bem, em indivíduos livres, autônomos, e em especial, conscientes de suas responsabilidades sociais. Além, é claro, senhores de seus próprios destinos. A propósito, no rastro da educação importam seguir, puxadas pra cima, a saúde, a segurança, a ética, a moral, a infraestrutura, a economia, as artes, a ciência, a tecnologia, a justiça social. Sendo esta última diferente de igualdade social. A igualdade social dispondo ser uma utopia, em face das diversidades humanas, servindo, assim, de manobra política, jamais de efetivo compromisso. Justiça social, a seu turno, demanda a garantia de cidadania e de oportunidades dispensadas a todos, sem exceção, sem distinções ou privilégios, respeitando-se, contudo, a liberdade de escolha e a vontade autônoma de cada indivíduo. De forma a se resgatar, enfim, da miséria, da ignorância e da discriminação, cada ser humano. Nesse aspecto, a educação enseja ser a mola impulsionadora do progresso sustentável de um povo
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